sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Neblinas da rotina

Passo e repasso...
Sempre apressado...
Este é o ritimo que me foi passado...
Quase todos seguem como eu faço...

Sem ha muitas cores em meu caminho...
Difusas com simbolos aos quais acho confusos...
Que parecem parecer me pedir parar um pouqinho...
Mas sempre os recuso...

Chego ao meu trabalho...
Cumpro meus horarios...
Retorno pelos atalhos...
Durmo até o sol da lua se faça contrario...

Então penso...
Em como é frio...
O mundo em um caminho só...
E ao mesmo tempo imutavel como um rio...

Me desanimo...
E com a as cinzas realidades me deprimo...
A falta de visão...
Tudo era estatica então...

Até que por uma vez...
De carro não pude ir...
E com com um puxão um amigo me veio a impedir...
Em espanto lhe perguntei o que fazes...

Ele então me disse, veja...
Era o mesmo caminho de sempre...
Numa estação tão natural a si como outra seja...
Nada novo mesmo que se invente...

Mas voi então que pude notar...
Naquelas ruas que tanto vim a correr...
Havia belos carvalhos a brilhar...
Nunca vim a perceber...

Com um sorriso meu amigo me aponta....
Em um galho sete casais de passaros...
Pardos, amarelos, verdes e azuis tambem somam-se a conta...
Então que reparo...

Sempre estiveram ao meu lado...
Eu que nunca olhara para alem de meus objetivos...
Me cegara com a velocidade que lhes havia passado...
Me surpreendo como é relativo...

Um minuto...
Um olhar sem intuito...
Um dia sem stresses por inoportunos...
Em que preocupações não geram acumulos...

Volto agora pela mesma estrada...
Imaginando o que então me aguarda...
Se o verde ainda sera vivo na alvorada...
Ou se tornara como a terra à madrugada...

Finalmente minha paz...
Estranhamente pratica e eficaz...
Se faz real...
Nos dias que nunca são iguais mas sempre leais...

É normal termos por obrigação, metas a cumprir, horarios a obedecer. Mas por ventura podemos vir a nos esquecer, que é preciso ver, não só o que esta a nos suceder, mas o que nos cerca, e apreciar, a verdade na simplicidade harmonica que suas formas e cores se mostram. É facil culpar a vida por nossos problemas, descontar nossos sentimentos em objetos inanimados. Mas é o que precisamos ? Sera que não bastava-nos olhar melhor ao que nos cerca ? Momentos são passageiros, cabe a nos saber aprecia-los.

Fiquem bem.

Um comentário:

Mah disse...

"descontar nossos sentimentos em objetos inanimados. "
Sempre tento esquecer meus sentimentos em problemas da vida, me deixando de ser humana as vezes.